Cada um de nós vale o quanto ama

O que nos constroi é o amor. Cada um de nós vale o quanto ama. Se amamos, tudo somos. Se não amamos, nada somos. Dentre os dons, o único que não acabará é o amor. Da mesma forma, só permanecerá o que for feito no amor.

É por meio do amai-vosque nos transformamos, momento após momento, à imagem de Deus, de acordo com o “protótipo” Jesus Cristo. A palavra de Jesus é muito clara e concreta: amar é despojar-se. Amar é dar a vida. É gastar-se, doar-se em cada gesto de amor. É dar de nós. É perder-nos. É renunciar a nós mesmos.

Não se trata de teoria e sim de um amor vivido no dia a dia, no qual enfrentamos a personalidade do outro, sua educação, seus problemas, sua mentalidade… O ser do outro ainda em transformação. Amar, então, é perdoar, desculpar e não olhar para trás.

Convivendo com os outros é que percebemos o quanto ainda somos grosseiros, egoístas, autossuficientes e buscamos apenas os nossos próprios interesses, satisfazendo apenas nossa vontade. Deparamo-nos com nosso próprio eu, ainda em transformação. É neste momento que Jesus começa a nos lapidar, permitindo o crescimento do amor.

A vida é feita de alegrias e tristezas, de realizações e de sofrimento. Nem tudo são rosas. Enfrentamos também os espinhos: repetir todos os dias o dever rotineiro de limpar, lavar, cozinhar; aguentar as broncas do chefe e os desentendimentos com os colegas; calar diante de uma injustiça e não retrucar… Se você faz tudo isso por amor, tudo será frutuoso, porque o amor nunca acaba.

O homem foi feito de barro e de amor. Deus soprou o Seu Espírito sobre o barro e pôs nele o Seu amor. Este amor será levado para o Céu. O barro ficará. Só entrará no Céu o amor. Todo o resto ficará de fora.

Depende de cada um de nós ganhar ou perder em tudo aquilo que fazemos. Se fazemos com amor, ganhamos. Se fazemos sem ele, perdemos. Coisas grandiosas, feitas sem amor, de nada valerão. Tudo passará. Nada permanecerá. Mas as coisas mais simples, feitas com amor, permanecerão. A medida de tudo é o amor. Com amor, tudo somos. Sem amor, nada somos!

 

Fonte: Monsenhor Jonas Abib